A displasia da anca pode ser prevenida!

O despiste precoce com radiografias é crucial, proporcionando uma visão do estado da articulação.

Na rádio Vagos FM com a Veterinária Dra. Ana Neves

Fonte: Vagos FM

Rúbrica com a Dra. Ana Neves

Olá a todos!

O meu nome é Ana Neves, médica veterinária na ClinicZoo – Clínica Veterinária de Vagos, e dou-vos as boas-vindas a mais uma rúbrica dos “Minutos Vet”.

Esta semana, vou falar sobre a displasia da anca e como preveni-la. Como disse, é do conhecimento de todos que cães de grande porte são predispostos. A displasia da anca, em última análise, traduz-se num mau funcionamento da articulação entre a bacia e o fémur. É uma doença articular que, com o passar do tempo, provoca osteoartrite, artrose e, consequentemente, muita dor para o animal. Para além das raças grandes de cães e dos cães de grande porte, algumas raças de gatos, como os Maine Coon, também são predispostas à displasia.

É uma doença progressiva. Os sinais de dor crónica podem ser subtis, mas em estado avançado, a dor intensifica e é extremamente difícil para o animal, comprometendo o seu bem-estar. Assim, é importante apostar na prevenção da displasia da anca. E como podemos fazê-lo?

Em primeiro lugar, saber o historial da família é crucial, uma vez que é uma doença hereditária. Evitar criar animais que foram diagnosticados com a doença é um fator importante. Por outro lado, manter uma boa condição corporal, ou seja, evitar o excesso de peso em animais predispostos, é tão importante quanto oferecer uma alimentação de qualidade. Devemos apostar em marcas que garantam a boa qualidade da comida e ajustar o tipo de ração ao animal que temos. Se for um animal jovem de porte grande, optar por uma ração adaptada a animais jovens e de grande porte é essencial.

Fazer o despiste precoce da doença é também extremamente importante. O despiste é feito com radiografias, com o animal anestesiado, permitindo avaliar o estado da articulação. Existem várias tabelas que pontuam o estado da articulação, desde sem displasia até completamente disfuncional, em vários níveis de gravidade. Esta radiografia, se realizada entre os 4 e os 6 meses, dá-nos uma ideia de se é provável que este animal venha a desenvolver displasia ou se já a possui. Alguns ortopedistas recomendam também a suplementação da alimentação com nutracêuticos que reforçam a cartilagem das articulações, prevenindo o seu desgaste e ajudando a evitar que a displasia da anca se instale.

Até à próxima semana. Obrigada!

Palavras Chave

  • Prevenção

  • Despiste médico

  • Displasia da Anca

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