Triagem telefónica em situação de emergência.
Em situações de emergência saiba qual a informação a dar à pessoa que lhe atende o telefone.
Na rádio Vagos FM com a Veterinária Dra. Ana Neves
Fonte: Vagos FM
Transcrição do áudio de Dra. Ana Neves
Olá a todos. O meu nome é Ana Neves, sou médica veterinária na ClínicZoo – Clínica Veterinária de Vagos. Bem-vindos a mais uma rubrica minutos vet. Esta semana vou falar sobre triagem telefónica em situação de emergência com animal de companhia.
Numa situação de urgência, geralmente as pessoas contactem primeiro antes de recorrerem aos serviços veterinários a pedir ajuda. Em função do quadro que se apresenta e da queixa que se apresenta são, vão ser colocadas algumas questões de forma a tentar avaliar, quer a gravidade da situação e o que se está a passar e de forma a intervir o melhor possível e ajudar o melhor possível. Assim o que é que deve saber para dar em termos de informação? A pessoa que atender o telefone, seja enfermeiro, seja veterinário, irá pedir informação relativamente ao animal, ao seu género, idade, raça, espécie, obviamente cão ou gato e o estado de castração, se é um animal castrado, se é um animal que não foi castrado, qual a principal queixa e há quanto tempo é que dura e de que forma tem evoluído ao longo do tempo, claro que depende da queixa que for, não é? Numa situação de acidente, foi no momento, mas se for referente, se o motivo da urgência for referente a um sinal clínico, um sintoma é importante ter noção de há quanto tempo é que dura.
Iremos perguntar também, ou o clínico irá perguntar também se o animal está a respirar normalmente ou se há alterações à respiração se há aumento da frequência respiratória ou uma diminuição da frequência respiratória, isto é, se o animal está a respirar mais devagar, se existem ruídos respiratórios, se inspira ou expira em esforço, se a respiração é mais abdominal, são dados que são importantes fornecer. Outra questão que se costuma colocar é relativa a cor das mucosas que pode avaliar na mucosa oral ou na gengiva. Regra geral, está rosada em situações clínicas em que o animal não está tão bem, poderá apresentar-se mais pálida, por exemplo, quando há hemorragias internas, anemias, etc, ou mais congestionada quando há uma infeção grave ou azulada quando temos aqui, principalmente quando temos aqui alguma dificuldade respiratória.
Também se pergunta relativamente ao nível de atividade do animal, se o animal está responsivo ao chamamento ou não, se está mais parado ou se está mesmo inconsciente, não responde. Se come ou come menos ou deixou de comer e há quanto tempo, se tem tosse, vómitos e/ou diarreia e qual o aspeto destes 2 últimos, se urina ou, quando é que urinou a última vez e qual o aspeto da cor da urina? Perguntamos também da possibilidade de ingestão de tóxicos ou venenos.
A triagem telefónica acaba por ser importante porque nos permite ter uma noção do que é que vem à clínica, não é? Permite também preparar o que é necessário para receber o animal. Muitas vezes temos que nos lembrar que muitas vezes o olhar do dono é diferente do olhar clínico do veterinário, por vezes as pessoas recorrem por situações que lhes parecem a menos graves e nós percebemos que, de facto, aquilo que nos está a ser transmitido é um assunto grave e que a vida do animal estará em risco e muitas vezes recorrem com situações que parecem ao dono muito graves, mas que conseguimos nós perceber que não há assim tanta gravidade. Portanto, a forma de avaliação do animal feita pelo clínico muitas vezes é diferente da avaliação feita pelo dono.
Por esta semana é tudo obrigada até para a semana.
Palavras Chave
Triagem telefónica
Informação necessária
Sintomas