Adotar um segundo gato para fazer companhia ao gato que já existe em casa. Será que é uma boa escolha?

Na rádio Vagos FM com a Veterinária Dra. Ana Neves

Fonte: Vagos FM

Rúbrica com a Dra. Ana Neves

Olá a todos!

O meu nome é Ana Neves, médica veterinária na ClinicZoo – Clínica Veterinária de Vagos, e dou-vos as boas-vindas a mais uma rúbrica dos “Minutos Vet”.

Vou falar-vos sobre a importância de adotar um segundo gato para fazer companhia ao gato que já existe em casa. Será que é uma boa escolha? Será uma boa decisão? Esta é uma questão que me colocam frequentemente: “Tenho um gato sozinho em casa, que passa muitas horas sem companhia durante o dia. Ter outro gato será uma boa alternativa?”

A resposta nem sempre é simples. É fundamental que as pessoas ponderem bem antes de procederem à adoção e, acima de tudo, que se informem devidamente. Os gatos são animais sociais, mas também são independentes. Ao contrário dos cães, que trabalham em grupo, caçam e comem em matilha, os gatos não necessitam da ajuda de outros animais para assegurar a sua sobrevivência. A entrada de um novo animal no território de um gato pode ser um fator de stress. Quando introduzimos um gato desconhecido na vida do nosso gato, podem acontecer duas situações:
• O gato residente aceita o novo como membro do mesmo grupo social, desenvolvendo um vínculo e comportamentos afiliativos. Nesse caso, a presença do novo gato será positiva.
• O gato residente nunca aceita o novo companheiro, o que pode resultar em tensão e agressividade entre os dois. Neste cenário, em vez de termos um ambiente harmonioso, passamos a ter um fator de stress constante para o gato que já vivia na casa.

Se a decisão for mesmo introduzir um novo gato, seja por que motivo for, é essencial seguir protocolos de adaptação. A introdução deve ser feita de forma gradual para aumentar as hipóteses de sucesso e promover a aceitação mútua. No entanto, não há garantias de que tudo correrá bem. É sempre importante considerar a possibilidade de o gato novo não ser aceite. Nestes casos, recomendo que exista um plano B para evitar que o gato residente viva permanentemente em stress. Esse plano pode, em situações mais difíceis, implicar a retirada do novo gato da casa, permitindo ao gato original recuperar o seu equilíbrio e bem-estar.

Obrigada e até à próxima!

Palavras Chave

  • Comportamento

  • Adaptação

  • Companhia

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